quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

JOSÉS DE PORTUGAL


AO SENHOR JOSÉ


Este senhor, José,
Eu penso (?) não conhecer quem é,
Mas, lá simpático ele o é,
Tal, o elogio que me fez,
Que tanto me satisfez.
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Sumptuosamente convencido,
Logo diz a toda a gente,
Ser o maior apreciador de vitela.
Isso, é ser prepotente,
Vamos lá, comê-la da mesma panela,
Irá depois dar-me razão.
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Eu lhe faço a sugestão,
De proceder-mos a uma degustação,
De irmos praticar deglutição,
Da vitela em questão.
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Á moda de Lafões,
Nada de confusões,
Já que, vitelas há poucas,
Para mais não sendo loucas.
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Come-se mais vaca velha,
Mas não em Albergaria-a-Velha.
Rija, dura, com gordura, com tendões,
Em lugares e sítios de aldrabões.
*
Eu tenho um GPS,
Que tem um grande defeito,
Nunca me diz onde há,
Vitela cozinhada a preceito.
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Tendo por base aquela razão,
Em melhor ocasião,
Com a escolha sua, da região,
Leve meu convite a peito.
*
Vamos comer a preceito,
Veremos quem é o maior comilão.
De certeza, da vitela à Lafões,
Ambos seremos comilões.
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João da mestra, 18 de Maio de 2010 
 
 Casa da Alameda - Albergaria-a-Velha
 
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majosilveiro
 
 
 
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

MÚSICA MAESTRO - À FANTÁSTICA BANDA DO SAMOUCO

 
 
MÚSICA MAESTRO
 

 


MÚSICA MAESTRO

 
Eu quero a Banda do Samouco,
A tocar em meu funeral,
Não a Marcha Nupcial,
Mas de resto tudo um pouco;
Toquem, Banda do Samouco.

 *
Músicos bem alinhados,
Bem vestidos, bem fardados,
Alegres, bem-dispostos, engraçados,
Toquem, Banda do Samouco,
Todo o dia, noite e mais um pouco.

 *
Pode ser a Marcha Fúnebre,
Mas em compasso acelerado,
Toquem, Bando do Samouco;
Não quero ver ninguém parado,
Mas a bailar como um louco.

 *
Velório bem alegrado,
Com o Bolero de Ravel,
Marchinhas de Carnaval,
Marchas de Lisboa Portugal
E Militares; tudo bem tocado.

 *
Tangos, Valsas e Pasodobles,
Fado, Pop, Forró e Brasileira,
Será que estou a pensar asneira,
Em querer galhofeira e procissão,
Na festa final do da mestra, o João?

 *
Quero a Canção do Eterno Herói
Mais A Canção dos Anos Trinta,
E muitas Modinhas de Goiás;
Vou p´ra lugar que me rói,
Que alegria não seja faminta,
Toquem Banda do Samouco, sois um Ás.

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        João da mestra, 23 de Janeiro de 2013

                       *
Haja alegria na morte e no meu funeral,
Tristezas já bastam as que há;
Se agora me dão mágoas sem igual,
Razões para chorar depois, não há.






MAJOSILVEIRO


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